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Programa de Minimização de Impactes no Património Cultural


Têm vindo a ser desenvolvidos trabalhos na área a afectar pelo regolfo de Alqueva, que permitem caracterizar e identificar na totalidade os impactes causados pelo regolfo, a nível do património cultural.
O Programa de minimização de impactes no património cultural envolve duas componentes fundamentais:

- Acompanhamento da obra, com incidência no regolfo e áreas envolventes

- Apoio à concretização de projectos de investigação arqueológica

A aprovação formal do Plano de minimização de impactos e de valorização cultural da zona de Alqueva foi objecto de um protocolo assinado no dia 04 de Junho de 1997 entre a EDIA, S.A., e o IPA (Instituto Português de Arqueologia).

Dezassete equipas de arqueólogos e técnicos, num total que a ascender a uma centena de profissionais, estiveram envolvidas na realização de estudos, sondagens e escavações na área do regolfo da albufeira de Alqueva.
Estas acções, previstas pela EDIA no Plano de Minimização dos Impactes sobre o Património, abrangem para cima de 200 sítios arqueológicos identificados, que vão do paleolítico à época medieval/moderna, surgindo na sequência dos estudos e levantamentos que constituem o quadro geral de referência divulgado pela EDIA em finais de 1996.

Paralelamente foram desenvolvidos pela EDIA estudos e escavações em diversas frentes sobre o património arqueológico identificado na área do regolfo de Alqueva, nomeadamente um novo levantamento arqueológico-topográfico das ruínas do castelo da Lousa, sondagens arqueológicas preventivas na zona da nova Aldeia da Luz e ainda o projecto de escavações e salvamento de um conjunto de pequenos monumentos megalíticos em xisto identificados na zona da actual aldeia da Luz.

Entretanto, a EDIA procedeu, igualmente, a operações de salvamento de património arqueológico, nomeadamente do Cromeleque do Xerez e do Castelo da Lousa.
Numa operação de remoção e trasladação, os 55 menires que constituem o Cromeleque do Xerez (monumento pré-histórico da região de Monsaraz), que se encontrava numa área a submergir pela albufeira de Alqueva, foram transferidos para um local provisório, estando prevista a sua reinstalação na mesma zona num futuro museu regional de arqueologia.

Numa operação inédita, a EDIA procedeu à selagem do Castelo da Lousa, considerado Monumento Nacional, localizado junto à Aldeia da Luz numa zona a afectar pela albufeira de Alqueva.


Os trabalhos desenvolvidos, consistiram numa operação de selagem e protecção das ruínas do Castelo, através da colocação de uma estrutura formada por milhares de sacos de geotextil resistentes à água e preenchidos por areia que permitirão conservar a construção submersa.



In: http://www.edia.pt